Abramis Brama – “Tusen År”
Lançado em 20 de abril de 2018
Hellion Records – NAC. – 45min
O sétimo álbum de estúdio do Abramis Brama vem para celebrar os vinte anos de formação da banda, que traz em suas fileiras o baixista Mats Rydström (Avatarium) e o batera Fredrik Liefvendahl (ex-Grand Magus). Mais do que isso, “Tusen År” vem para asseverar a importância do quarteto para a cena escandinava: foram a primeira banda sueca a se apresentar cantando na sua língua nativa na TV alemã e já tocaram em nada menos que quatro edições do Sweden Rock Festival.
O som é como se fosse um Black Sabbath com incursões étnicas e folclóricas tipificadas pelo uso de gaitas e de diferentes instrumentos de percussão. Não aperte o play esperando algo tribal, porém; havendo a necessidade de um rótulo, classic rock ainda se aplica melhor do que qualquer outro. Os riffs de Per-Olof Andersson se lambuzam na fonte de Tony Iommi e Leslie West, e o vocalista Ulf Torkelsson vai do Ozzy Osbourne ao Chris Cornell como quem atravessa a rua.
O “x” da questão é: com tantos recursos à disposição, como é possível que se opte tão equivocadamente por uma sonoridade de demo? Se isso é proposital, a banda que me desculpe, mas você pode, sim, emular o clássico se valendo de tecnologia sem que a proposta seja corrompida. Aí, meu amigo, por mais legal que seja o seu repertório, se a produção não colaborar, você dança. Em tempos de Nespresso, não venha me dizer que no coador é mais forte.
Texto originalmente publicado no site Metal Na Lata em 20 de março de 2018.
Comentários
Postar um comentário