Magnum – “Live at the Symphony Hall”
Lançado em 18 de janeiro de 2019
Shinigami Records – NAC. – 1h37min
O mais novo acréscimo à já extensa discografia do Magnum é o primeiro ao vivo dos ingleses desde “Livin’ the Dream” (2005). Gravado numa das salas de concerto mais famosas de seu país em 19 de abril do ano passado — noite de encerramento de turnê —, “Live at the Symphony Hall” atesta os veteranos Bob Catley (vocais) e Tony Clarkin (guitarra) — ladeados por Al Barrow (baixo), Rick Benton (teclados) e pelo descomunal baterista Lee Morris (Paradise Lost, Ten, Danny Vaughn) — fazendo as paredes do lar da Orquestra Sinfônica de Birmingham chacoalharem por aproximadamente cem minutos imunes a pontas soltas e arestas sonoras mal-aparadas: produção e execução musical primorosas, com resultado cristalino, feito sob medida para o ouvinte mais exigente e apegado a minúcias técnicas.
No repertório, uma compreensível ênfase é dada ao material dos recentes “Sacred Blood ‘Divine’ Lies” (2016) e “Lost on the Road to Eternity” (2018), que comparecem com nada menos que sete dos quinze números tocados diante dos mais de 2 mil presentes na ocasião, que, apesar de parecerem meio caladões frente às novidades, não economizam nos aplausos.
A coisa muda de figura nos clássicos de três a quatro décadas atrás: “All England’s Eyes”, “How Far Jerusalem” e “Les Morts Dansant”, trinca campeã do reluzente “On a Storyteller’s Night” (1985), além de uma dobradinha de “Vigilante” (1986) — “When the World Comes Down” e a faixa-título — e “The Spirit” e “Don’t Wake the Lion (Too Old to Die Young)”, representantes solitárias dos também festejados “Chase the Dragon” (1982) e “Wings of Heaven” (1988). Você ouve a calidez da atmosfera, o fone de ouvido chega a derreter.
Mas não pára por aí: Tobias Sammet (Edguy, Avantasia) e a cantora Rebecca Downes conferem aquele brilho adicional a uma performance que por si só já vale o investimento e merece espaço na coleção. CD duplo, “Live at the Symphony Hall” concorre fácil ao título de ao vivo do ano. A briga com King Diamond (e quem sabe que outros mais poderão vir) pelo lugar mais alto do pódio promete… e olha que ainda estamos em janeiro!
Texto originalmente publicado no site Metal Na Lata em 23 de janeiro de 2019.
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