ENTREVISTA: Don Dokken fala sobre George Lynch, futuro livro e a única vinda do Dokken ao Brasil


“No que dependesse de mim, você seria o Donald empossado na Casa Branca!” Don Dokken chegou atrasado ao encontro virtual que deu origem à entrevista que você está prestes a ler. O desânimo estava tomando conta quando o líder do Dokken, conhecido por não dar muitas entrevistas, finalmente ficou online e, por quase duas horas, topou falar sobre diversos assuntos além dos previstos na pauta. Observador, notou os pôsteres do KISS pendurados na minha parede. “Gene Simmons já foi meu vizinho”, contou ele antes de começarmos. Mesmo após terminadas as perguntas o papo se estendeu. “Não é possível que você tenha só 30 anos! Você não tinha nem nascido quando compus a maioria dos meus hits!”, disse incrédulo, enquanto acendia um dos muitos cigarros que fumou durante a conversa. O resultado ficou mais extenso que o de costume, mas garanto que você irá curtir cada resposta sincerona e cada frase de efeito digna de um rock star que já passou por poucas e boas e, por isso, tem muito a dizer. Boa leitura!


Transcrição: Leonardo Bondioli

Fotos: Facebook.com/DokkenOfficial


Marcelo Vieira: Vamos começar falando sobre o mais recente lançamento do Dokken, “The Lost Songs: 1978-1981” (2020 – leia a resenha aqui). Você ficou 100% satisfeito com o resultado final?

Don Dokken: Eu estava receoso quanto a lançar esse disco. Eu tinha 25 anos quando compus e gravei essas músicas. Fiquei com medo que as pessoas começassem a questionar: “Como você ousa lançar essa merda?” Mas fiz o melhor que eu pude dentro das limitações impostas pelo estado das fitas originais. Por outro lado, era lançar esse disco ou passar o ano de 2020 em branco. Nunca que eu correria para lançar um disco de inéditas sem poder cair na estrada para divulgá-lo. Seria um grave erro. 


MV: O processo, pelo que li, foi bem similar ao de “From Conception: Live 1981” (2007 – leia a resenha aqui).

DD: Sim. Encontrei essas fitas por acidente quando estava dando uma limpa na garagem da minha casa em Beverly Hills antes de vir para o Novo México. 


MV: Essas músicas datam de mais de quatro décadas. Mas se alguém me dissesse que “Step Into the Light”, “No Answer” e “Rainbows” eram músicas novas, eu super acreditaria. 

DD: Essas três foram finalizadas este ano, por isso que soam diferente das outras. Felizmente, eu tinha as fitas máster dessas, então pude trabalhar em cima delas. BJ [Zampa] gravou baterias novas para elas e Jon [Levin] gravou os solos, mas as vozes, a guitarra base e o baixo são todos da época. 


MV: É possível que haja mais material inédito do Dokken perdido por aí?

DD: Não. 

MV: Além dessa trinca de inéditas, você finalmente vai ganhar algum dinheiro com as demos roubadas que foram lançadas não oficialmente como “Back in the Streets” (1989). 

DD: Quando essas demos foram roubadas em 1987, meu empresário e meu advogado me convenceram a não processar o cara que as roubou. “Veja bem, Don, você mora nos Estados Unidos. Esse idiota mora na Alemanha. Você tem certeza de que não é melhor evitar a fadiga?”. Pensei: “OK, estou aqui vendendo milhões de discos enquanto esse cara vai conseguir 10, no máximo 20 mil dólares, então que se foda.” Vinte anos depois, descobri que o cara embolsou o equivalente a um milhão de dólares. 


MV: Caralho!

DD: Vamos supor que ele tenha vendido 100 mil cópias a 15 dólares cada. Isso quer dizer que nos últimos trinta anos ele faturou cerca de 15 milhões de dólares à minha custa. Puta merda, é muito dinheiro! Mas aí o Jon, que também é meu advogado, disse: “essas músicas são suas. Ele as roubou de você e nunca te pagou um centavo. Lance-as oficialmente agora e pau no cu dele.”


MV: Outra novidade relacionada ao Dokken é o lançamento do primeiro livro sobre a banda. Acho que o autor, James Curl, fez um ótimo trabalho em “Dokken: Into The Fire And Other Embers Of 80s Metal History” (2020 – leia a resenha aqui).

DD: Eu li. Aliás, ajudei com muitas informações, mas notei algumas imprecisões no texto também. Enfim, como um dia vou escrever minha autobiografia não disse a ele tudo que ele gostaria de saber. Ele ficava me ligando: “o que houve aqui?”, “o que você fez ali?”, e eu respondia, “James...”


MV: Isso estará no meu livro! [Risos]

DD: [Risos]. Eu respondia: “James, não vou te dar tudo assim de mão beijada. Não vou receber um centavo por esse livro.” Não é uma biografia autorizada, mas eu poderia ter embarreirado o processo. Não o fiz, mas há muitas e muitas histórias e informações sobre a banda que só eu sei e mais ninguém. 

MV: Em que pé está o seu livro?

DD: Comecei a escrevê-lo anos atrás, mas parei. O maior empecilho é a minha mão direita estar completamente paralisada. Como sou destro, não consigo digitar. Então comprei um microfone, configurei o [sistema] Pro Tools e retomei o projeto. Quando estou no clima, sento ao PC, ligo o microfone e começo a falar. Mas não será apenas um livro sobre a carreira do Dokken e a nossa ascensão à fama. Meu livro será muito mais sobre a minha vida, a minha infância e juventude, quando comecei a tocar e cantar. Há muitas coisas que as pessoas não sabem a meu respeito, mas não pense que vou escrever algo como o “The Dirt”. Nunca tive uma overdose, nunca participei de surubas nem tive problemas com prostitutas e traficantes. De fato, nunca usei drogas. Todos estão carecas de saber que George [Lynch], Jeff [Pilson] e Mick [Brown] eram viciados e esse foi um dos motivos de a banda ter acabado, pois eu não aguentava mais aqueles três. É por isso que o meu livro vai ser diferente. Nada de “formamos uma banda, ficamos famosos, enchemos a cara”; já existem milhares de livros assim. O meu vai falar do dia em que eu nasci até hoje. 


MV: Mal posso esperar! Seguindo em frente, o Dokken fez dois shows com distanciamento social em julho passado com Reb Beach na guitarra. Como “Erase the Slate” (1999) é um dos meus discos favoritos do Dokken, eu gostaria de saber se passa pela sua cabeça gravar um novo álbum de estúdio com ele.

DD: Jon é o guitarrista. Ele está comigo há mais de vinte anos e sua posição está assegurada. Reb fez esses shows porque o pai de Jon tem mais de 90 e é grupo de risco da covid-19. 


MV: Já que tocamos no assunto, você acha que a resposta do governo americano ao coronavírus foi o principal motivo de Donald Trump ter perdido as eleições para Joe Biden?

DD: Veja, a cada dia os Estados Unidos confirmam mais de 100 mil novos casos da doença. Somos o país com mais óbitos em todo o mundo.

MV: O Brasil vem logo atrás...

DD: Sim. Dá vontade de chorar diante daquelas imagens de covas coletivas, cerca de 500 pessoas sendo enterradas diariamente sem que haja um velório ou mesmo uma lápide com seus nomes. Brasil e Estados Unidos estão igualmente ferrados. O que me resta é focar no trabalho: tenho um novo álbum para gravar, um livro para escrever, cães que dependem da minha atenção e uma mão para recuperar. Estou melhorando aos poucos. Quando saí do hospital, eu estava com o braço totalmente paralisado. 


MV: Você ainda está fazendo fisioterapia?

DD: Há mais de um ano. Operei no dia 6 de novembro de 2019, e todos os médicos disseram que em seis meses eu estaria cem por cento. Idiotas. No momento, só consigo mexer isso [mostra a mão para a câmera], então por mais que minha mão esquerda esteja boa, é muito difícil tocar guitarra. Meus dedos estão fracos. O médico me fodeu bonito. Era para ter sido uma cirurgia tranquila, mas, no fim das contas, o suposto melhor médico do mundo era, na verdade, o pior. 


MV: O que você pode adiantar sobre o futuro álbum?

DD: Minhas letras mais recentes falam sobre os eventos dos últimos dois anos: a pandemia, milhões de pessoas morrendo, corrupção, guerra.


MV: Esse futuro álbum sairá pela Frontiers Records?

DD: Oh, não. Nunca mais lançarei nada pela Frontiers. Sei que todas as bandas parecem estar com eles, mas eu amo a Silver Lining Records. Eles acreditam na gente e, por esse motivo, continuarei com a parceria. Respeito imensamente a Frontiers por assinar com bandas clássicas como o Whitesnake e por ainda acreditar no hard rock, mas eu precisava de uma gravadora com sede nos Estados Unidos. Todo o diálogo com a Frontiers era muito complicado devido à distância.

MV: Vamos voltar no tempo rapidinho para a primeira e única vez do Dokken no Brasil sete anos atrás.

DD: Sim, tocamos com o Aerosmith, né?


MV: Exato. Aerosmith e muitos outros. Antes dessa primeira vez, você disse a um jornal local que faria um show de uma hora, incluindo músicas do álbum “Broken Bones” (2012), e no final acabou tocando apenas oito músicas em menos de 40 minutos e nada do “Broken Bones”. Qual foi o motivo do corte?

DD: O evento todo atrasou. Faltando dez minutos para subirmos ao palco, o promoter local nos informa que precisaríamos cortar o show pela metade para não dar problema com o horário do Aerosmith. Eu disse: “Porra, cara, fiquei 13 horas num avião para chegar aqui e tocar só 40 minutos?”.


MV: Fora isso, estava um calor de matar, né?

DD: Sim, estava um inferno. Tinha gente desmaiando na plateia. Então, como tivemos de cortar parte do set, cortamos as músicas de “Broken Bones” e focamos apenas nos hits: “Into the Fire”, “Alone Again”, “In My Dreams”... Imagine só se em vez dessas tocássemos “Broken Bones”? O público ficaria espumando de raiva!


MV: Depois do show, você deu uma declaração para o TMZ metendo o pau no Brasil. Falou que as pessoas não tinham energia elétrica, água encanada etc. Isso repercutiu mal à beça junto aos seus fãs no Brasil. Você se lembra das palavras que usou?

DD: Sim, eu me lembro. Fui sincero e os fãs ficaram putos com a minha sinceridade. Não disse que o país inteiro é uma favela, mas quando o avião estava pousando em São Paulo era só o que se via. Sinto muito, mas era verdade! OK que São Paulo e Rio de Janeiro são duas belas cidades, mas quando o avião começa a pousar tudo o que se vê são pequenas casas, uma paisagem típica do terceiro mundo. Então, quando as pessoas vieram me confrontar, perguntando por que eu estava falando merda sobre o Brasil, eu respondia que sentia muito, mas era aquilo que eu tinha visto. 


MV: Agora conta o que você viu de bom durante a sua estada aqui.

DD: Na véspera do show fomos de van para uma praia no litoral de São Paulo. Meu Deus, que coisa linda! Aquelas montanhas, o oceano... uma beleza sem igual. Nos arredores havia pequenos restaurantes onde você poderia comer comida típica brasileira e beber cachaça. 

MV: Reza a lenda que era para o Dokken ter vindo para cá em 2006. É verdade? 

DD: É sim.


MV: E por que não veio? 

DD: Eis o motivo: você não embarca num avião em direção a um país em que nunca esteve sem que haja uma garantia. Você não gasta 20 mil dólares em passagens aéreas e mobiliza seus músicos e sua equipe sem saber se o promoter local cumprirá com a parte dele do contrato. Passamos por uma situação parecida no México três anos atrás. Não recebemos nosso adiantamento, caiu um temporal no dia do show, a lama tomou conta do lugar. Fodeu geral. O Slayer era o headliner. Tocamos para cerca de 30 mil pessoas e esperamos, exaustos, por quatro horas até sermos informados que o promoter havia ido embora levando toda a renda. A situação só começou a ser resolvida quando Tom Araya ameaçou subir ao palco e explanar a situação para os fãs. Teria sido um quebra-quebra, teriam que chamar a polícia. Eles acabaram sendo pagos em notas de 5 e 10 dólares, que a organização provavelmente juntou dos caixas das barraquinhas de comida e dos estandes de merchandising, e fizeram o show. Enfim, toquei duas vezes no México e nas duas saí sem um centavo. Decidi que não tocaria lá nunca mais. Foda-se. 


MV: 2020 marca o trigésimo aniversário do disco “Up from the Ashes”. O grunge ainda não havia tomado conta do mercado em 1990, mas acabaria, de alguma forma, prejudicando o disco no ano seguinte?

DD: Mas é lógico! O “Up from the Ashes” estava vendendo razoavelmente bem. Eu estava na Geffen, que por acaso era a mesma gravadora do Guns N’ Roses, que vendia muito. Mas depois que o Nirvana assinou com a Geffen, todos foram que meio deixados de lado. “Don Dokken? Quem é esse cara?”


MV: Começaram a cortar a verba.

DD: Totalmente! Gravamos clipes para “Mirror Mirror” e “Stay”, mas depois disso, não investiram mais um centavo na divulgação.

MV: Deixando de fora a fase clássica, qual disco do Dokken é o seu favorito?

DD: “Dysfunctional” (1995). Era para ter sido o meu segundo disco solo, logo após o “Up from the Ashes”. É um disco que eu amo, apesar de soar bem diferente, com seus violinos e cítaras. Na verdade, eu estava tentando expandir os horizontes como os Beatles fizeram.


MV: E qual a sua opinião sobre o “Shadowlife” (1997)?

DD: Odeio! Tudo que fiz nele foi escrever as letras. George e Jeff compuseram basicamente tudo sem dar a mínima para a identidade da banda. Quando ouvi as músicas, perguntei: “Que porra é essa? Isso não é Dokken! Isso é uma merda!” Tem umas duas músicas lá que se salvam, mas é foda quando o George vicia em algo e quer soar como aquilo. Na época, ele estava viciado em Korn e Monster Magnet e queria ir nessa direção. Eu dizia: “Isso não é Dokken!”. Você é aquilo que é. Era como se o Bon Jovi tentasse gravar um disco de thrash metal. 


MV: Agora, se a pergunta fosse qual disco melhor representa você como cantor e compositor, qual seria a sua resposta?

DD: “Erase the Slate”. Amo esse disco. Curiosamente, levamos apenas um mês para compor todas as músicas. Nos reunimos no meu estúdio na praia e cada um apresentou suas ideias. Todo o processo, inclusive de gravação, foi bem rápido, e o resultado foi um ótimo disco.  


MV: Bota ótimo nisso!

DD: Reb era sangue novo, deu um gás na banda. Muita gente não sabe que George e eu nunca escrevemos uma música sequer juntos. George era parceiro de Jeff. Eu escrevia minhas músicas sozinho; os riffs, os arranjos, as letras etc. Eles vinham até mim com suas ideias, eu dava os meus pitacos. Apesar de a banda se chamar Dokken e de eu assinar a maioria das composições, a maioria dos hits, sempre dividimos a grana igualmente. Cansei de zoar com Mick a respeito da fortuna que ele ganhou à minha custa. Mick ganhou a mesma quantia que eu e tudo que ele precisava fazer era tocar bateria por uma semana no estúdio! [Risos]


MV: Grana fácil! [Risos]

DD: Demais. Ele concluía as baterias em uma semana e ia beber e curtir. Depois, ele voltava e ajudava Jeff nos backing vocals. Nós três gravávamos todos os backing vocals simultaneamente num mesmo microfone. Enfim, ele ganhava por uma semana de trabalho o mesmo que eu ganhava por cinco meses. 

MV: Qual música você mais gosta de tocar ao vivo?

DD: Essa pergunta é impossível de responder. É como se você me perguntasse de qual dos meus filhos eu mais gosto. Mas por exemplo, adoro tocar “Too High To Fly” ao vivo. É uma música longa que permite que as pessoas vejam o baita guitarrista que Jon é. Obviamente, amo tocar “In My Dreams” e “Alone Again”. 


MV: Tem uma história interessante por trás de “Alone Again”, né?

DD: Sim. Escrevi ela quando tinha 24 anos. Gravei a demo usando um gravador de quatro pistas e a mantive na gaveta por anos. Quando terminamos de gravar o “Tooth and Nail”, a gravadora exigiu que colocássemos uma balada. George odiava baladas; o negócio dele eram as músicas nas quais pudesse fritar à vontade. Mas é aquilo: o Bon Jovi tinha baladas, o Mötley Crüe tinha “Home Sweet Home”. Aquele era o ano das power ballads. Os caras da gravadora foram bem diretos: “Vocês querem aparecer na MTV ou não?”. Depois de muito esforço, George cedeu e o resto é história. Por mais que tenhamos gravado vídeos para “Breaking the Chains” e “Into the Fire”, foi “Alone Again” que nos levou ao topo. 


MV: Ainda falando em história, o que você lembra das gravações do projeto Hear ‘n Aid? 

DD: Sinceramente, não lembro de muita coisa. Lembro que tinha muita gente lá, mas não virou uma bagunça. Ronnie [James Dio] me disse: “esteja aqui na terça às seis da tarde”. Foi o que fiz. Cheguei com uma hora de antecedência, cumprimentei todos que estavam lá e gravei minhas partes em 45 minutos. Cantei a música inteira duas vezes e Ronnie disse: “Já chega! Está ótimo!”


MV: Não acha que o seu figurino é digno de menção? [Risos]

DD: Verdade! Lembro que no dia, pensei: “Todo mundo lá vai estar vestido igual ao Rob Halford; jaquetas de couro pretas, luvas, munhequeiras...” Basta ver as fotos para concluir que eu estava certo. “Quer saber? Vou fazer diferente!” Então optei pelo paletó branco. [Risos]

MV: Algum conselho para o aspirante a rock star dos dias de hoje?

DD: Não confie na gravadora, não confie nos empresários, desconfie de todos a sua volta. Pagamos caro por nossa ingenuidade. Estávamos duros e assinamos contratos baseados em discursos do tipo “amamos o som de vocês, acreditamos em vocês”. Tudo segue às mil maravilhas enquanto você está em alta. Bandas são como ações na bolsa de valores; todo mundo fica de olho quando você está ganhando dinheiro, se dando bem. Se as vendas começam a oscilar, você é só mais um e é vendido como uma ação. Lembro de quando a gravadora ligou para mim e disse: “Olá, ‘Up from the Ashes’ estagnou em 400 e poucas mil cópias vendidas, então... é isso, adeus.” Foi aí que aprendi que só tem filho da puta na indústria fonográfica. Todos querem acabar contigo, não ligam a mínima para você. Gravadoras não te dão um centavo; elas adiantam um valor X na esperança de que você gere lucro para elas. Para cada dólar que você ganha, a gravadora ganha oito. Enfim, é isso: sempre leia atentamente cada linha do contrato e tome cuidado. Por outro lado, você não precisa ser rico e famoso para ser feliz. Não há nada de errado em ter um emprego normal se isso fizer você feliz!


MV: Para encerrar, qual a sua mensagem para os fãs do Brasil e leitores de MARCELOVIEIRAMUSIC.COM.BR?

DD: Primeiramente, vocês têm sorte de ter as mulheres mais lindas do mundo! [Risos]. Amo meus fãs do Brasil. Sei que o país de vocês tem problemas. Meu país também tem políticos corruptos. É uma merda quando você elege um presidente, fica empolgado com a possibilidade de uma mudança e, quatro anos depois, descobre que a roubalheira continuou a mesma. Políticos não ligam para as pessoas, não têm interesse em melhorar a vida dos outros. Políticos só querem saber como ganhar cada vez mais dinheiro. Biden foi eleito. Espero que ele seja bom, honesto, que mantenha a palavra e não se revele um bosta com o passar do tempo. 


Comentários

  1. Caraca Marcelo, o Dokken 😃 ele é D+. Achei que o spoiler era brincadeira.
    Que D+. O cara é lenda. Ótima entrevista. Parabéns.

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  2. Que entrevista brother!!! Uma das melhores que li com o Don!

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  3. Kraca q puta entrevista ..parabéns
    Eu estive no show do Dokken aqui em SP no Anhembi e não acreditava q iria ver Dokken, Ratt, Whitesnake e Aerosmith no mesmo dia .. Don Dokken subiu no palco com um terno preto ..e tava um calor do kralho kkkk mas foi muito bom ouvir os sons clássicos e ver Mick Brown na bateria .

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  4. otima entrevista, parabéns, você conseguiu declarações relevantes e reveladoras que nunca, desde os 80s, tinha lido Don falar

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  5. Trabalho sensacional. As definições de sinceridade foram atualizadas.

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