RESENHA: Sacred Alien – “The Universe Doesn’t Care About You” (2021)


Sacred Alien – “The Universe Doesn’t Care About You”

Lançado em 30 de novembro de 2021

Classic Metal Records – NAC. – 43min


“Em algum lugar, algo incrível está esperando para ser descoberto.” Impressa no encarte de “The Universe Doesn’t Care About You”, a máxima de Carl Sagan adquire contornos biográficos para o Sacred Alien, a mais recente incrível descoberta dos paleontólogos – ou deveria dizer astrofísicos? – da Classic Metal Records. 


Formada em Manchester, 1980, a banda aliava a estilística da New Wave Of British Heavy Metal a letras sobre forças cósmicas e vida inteligente em outros planetas. Três anos e dois singles depois, Martin “Ted” Ainscow (guitarra e teclados), Sean Canning (vocais), Chris Lea (bateria) e Dave Clowes (baixo) puseram-se no hipersono prolongando do qual despertariam apenas em 2018. Mas o silêncio só seria quebrado em março de 2020 com o lançamento da coletânea “Legends” no Bandcamp.



Impulsionados pela descoberta de que havia real demanda por músicas novas, Ainscow, Canning, Lea e o novo baixista, Mike Lea radicaram-se no Oxygene Studios em Salford de novembro de 2020 a março de 2021 e de lá só saíram com este, que é seu primeiro álbum propriamente dito, em mãos, e que chega não só ao Brasil como a todo o mundo pela verde e amarela Classic Metal.


Não obstante a forma permaneça entrincheirada no metal de décadas atrás, no conteúdo, o quarteto compensa ao lançar mão de referências que fariam de espectadores de The Big Bang Theory a entusiastas do Projeto Portal darem pulinhos de alegria, como o áudio do lançamento da espaçonave Apollo 11 em “Escape Velocity” e a fala atribuída ao astrônomo James Ferguson na voz de Neil DeGrasse Tyson em “Oumuamua – The Messenger”.



Em matéria de projeto gráfico, este aqui dá um show, com direito a um dos livretos mais caprichados dos últimos tempos, coroado pela presença de um “ET Vitruviano” na página final. 


Surpreende também que mesmo repleto de uma cultura “para poucos”, ainda sobre espaço para certo humor: segundo consta dos créditos, nenhum ser humano foi abduzido durante a gravação deste álbum. E posso garantir que isso também vale para enquanto eu escrevia essa resenha. 


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